Introdução ao Minimalismo como estilo de vida
É natural que
o ser humano queira abundância em todas as áreas de sua vida, principalmente
nas que envolvam questões materiais. Não há nada de errado nisso, uma vez que
seu oposto, a escassez, causa angústia e sofrimento. O problema é que muitos se
deixam levar pela necessidade desenfreada no “ter” a qualquer custo, e o que
era para ser um estilo de vida saudável torna-se uma compulsão exagerada
motivada pelo consumismo.
O minimalismo,
no que se refere ao material, está atrelado a consumir somente o necessário
para a manutenção de sua rotina diária. Ele consiste em abrir mão de tudo o que
é supérfluo, como por exemplo, os bens que são adquiridos apenas por questões
de luxo e de status. Muitos podem confundir esta afirmação como “fazer voto de
pobreza”, mas não é isto que o minimalismo prega.
Quando o
indivíduo opta por um estilo de vida minimalista, ele dá ênfase ao que
realmente é importante e que irá gerar uma satisfação aliada ao seu propósito
de vida, como por exemplo, as experiências cujo valor não está relacionado ao
hábito de ter apenas por ter.
Há uma
extensão do minimalismo que vai além do material, que se refere aos aspectos
intelectual, social e psicológico. Neste modelo, há um filtro rigoroso em que o
praticante escolhe de maneira sábia o que irá permitir que entre em sua vida,
seja as pessoas com quem deseja conviver, as referências que quer seguir, os
livros que pretende ler, as informações que considera importante, etc.
Não é nenhuma
novidade que entre todos os modelos econômicos que já foram testados, o
capitalismo é o que mais se adequa à realidade contemporânea. Neste contexto, o
consumismo se apresenta como uma forma de status, o que faz com que algumas
pessoas, principalmente as inseguras e com baixa autoestima, utilizem o
consumismo supérfluo como meio para obter aprovação social dentro do ambiente
em que estão inseridas. Em alguns casos,
tal consumação torna-se uma patologia, haja vista os danos financeiros e
psicológicos causados em seus praticantes.
Para praticar
o minimalismo, é necessário um autoconhecimento profundo e o reconhecimento
sincero e verdadeiro de que as coisas mais importantes da vida não estão
relacionadas à quantidade, e sim à qualidade. Também não há nenhum problema em
desejar um bem cujo valor é elevado, porém, as perguntas que devem ser feitas a
si mesmo é: “Preciso mesmo fazer esta aquisição? Tenho este desejo por
necessidade ou somente por status? Realmente tenho condições em adquirir este
bem neste momento?” O individuo minimalista sempre faz estas perguntas antes de
tomar qualquer decisão voltada ao consumo.
A pessoa
minimalista reconhece os prejuízos que são causados pelos excessos, sejam eles
materiais ou não, e está sempre em busca de um ponto de equilíbrio. Dentre
todos os benefícios proporcionados pelo minimalismo, o aumento do tempo livre é
sem dúvidas o maior de todos, uma vez que este é o ativo mais valioso que o ser
humano tem.
Texto autoral de Maycon de Souza
Texto autoral de Maycon de Souza
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